Sobe para 47 o número de mortos em atentado na capital do Iêmen

  • Por Agencia EFE
  • 09/10/2014 13h54
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(Atualiza com novos números e a crítica dos houthis)

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Sana, 9 out (EFE).- O movimento xiita dos houthis condenou nesta quinta-feira o atentado cometido por um suicida contra uma manifestação de seus seguidores no centro da capital do Iêmen, Sana, onde morreram pelo menos 47 pessoas, segundo números oficiais.

A agência oficial de notícias “Saba” informou que este foi o maior ataque cometido na cidade desde 21 de maio de 2012, quando um atentado da Al Qaeda contra militares deixou cerca de cem mortos.

Em comunicado, os houthis apontaram que a explosão ocorrida na praça Tahrir hoje deixou 150 feridos, dos quais 40 estão em estado grave.

O terrorista acionou os explosivos que estavam em um cinturão que usava perto de um posto de segurança na praça Tahrir, onde os xiitas faziam uma manifestação contra a intervenção estrangeira nos assuntos internos iemenitas.

Por enquanto, nenhum grupo reivindicou o atentado, mas a Al Qaeda protagoniza há semanas uma campanha contra os xiitas e ataques contra o exército, ao qual acusa de simpatizar com os houthis.

A explosão não impediu que milhares de seguidores do movimento xiita “Ansar Alá” continuem seus protestos na praça.

O conselho político desse movimento condenou hoje em comunicado o atentado, que qualificou como uma “reação” de certos grupos que pretendem supostamente prejudicar a segurança para “abortar as conquistas” dos iemenitas, e assegurou que continuará a rejeiar a “dominação estrangeira” contra o Iêmen.

O líder deste grupo, Abdelmalek al Huti, acusou ontem à noite os Estados Unidos de influenciar na nomeação de Ahmed ben Mubarak como como primeiro-ministro iemenita, e convocou manifestações para hoje a fim de rejeitar sua designação.

Horas depois, Ben Mubarak renunciou ao cargo “para proteger a união nacional e evitar as divisões”. Sua renúncia foi aceita pelo presidente do país, Abdo Rabbo Mansour Hadi.

Após a renúncia, os houthis supostamente cancelaram os protestos, mas decidiram realizá-los contra a ingerência dos EUA.

A escolha de Ben Mubarak por parte do chefe do Estado respondia ao acordo de paz assinado em 21 de setembro entre Sana e os rebeldes, que estabelece a nomeação de um primeiro-ministro de consenso e de um Executivo que inclua ministros houthis. EFE

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