Suprema Corte dos EUA avaliará legalidade de novo composto para injeção letal

  • Por Agencia EFE
  • 23/01/2015 21h27
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Washington, 23 jan (EFE).- A Suprema Corte dos Estados Unidos aceitou nesta sexta-feira avaliar o método de execução utilizado no estado de Oklahoma, um caso apresentado por três presos condenados à morte que alegam que os produtos químicos usados na injeção letal violam preceitos constitucionais.

O alto tribunal, que na semana passada permitiu uma execução no mesmo estado, decidirá se o composto formado por três tipos de químicos que agora é utilizado nas prisões viola a proibição da Constituição de aplicar punições cruéis.

Quatro dos nove juízes da Suprema Corte votaram a favor de deter a execução da semana anterior, número insuficiente para impedir a morte, mas mínimo para que agora o caso seja ouvido no plenário da corte.

Segundo a imprensa especializada, a consideração dos juízes poderia acontecer em abril, ou esperar até o próximo período de sessões, que começa em outubro após o recesso de verão.

A polêmica chegou a nível nacional ainda no ano passado, depois de uma série de execuções nas quais a aplicação da pena de morte foi mais demorada e angustiante para os presos do que o esperado, resultado das novas injeções letais adquiridas em sigilo pelos estados.

O caso mais significativo ocorreu em Oklahoma, o de Clyton Lockett, condenado pelo assassinato de uma jovem de 19 anos em 1999. Lockett se contorceu e gritou durante mais de 40 minutos depois de levar a injeção, até morrer devido a um ataque cardíaco.

A maioria dos 32 estados onde vigora a pena de morte nos EUA tem problemas para conseguir os componentes com os quais fabricam as injeções letais convencionais.

O pentobarbital, ingrediente principal da injeção, era fornecido pela farmacêutica dinamarquesa Lundbeck LLC, mas a empresa se negou a continuar produzindo para os Estados Unidos devido à oposição da União Europeia à pena de morte.

Com essa situação, alguns estados testam fórmulas alternativas de injeções e outros adotaram o uso obrigatório da cadeira elétrica, caso não encontrem produtos para injeções letais. EFE

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