Supremo do Panamá inicia investigação contra ex-presidente por corrupção

  • Por Agencia EFE
  • 30/04/2015 23h14

Cidade do Panamá, 30 abr (EFE).- A Suprema Corte de Justiça do Panamá informou nesta quinta-feira que deu início ao processo de investigação contra o ex-presidente Ricardo Martinelli (2009-2014) por suposto delito contra a administração pública.

O Supremo indicou que “inicia a investigação” depois que o plenário “suspendeu a interrupção da causa penal contra o ex-presidente (…) ficando o magistrado promotor e o magistrado de garantias facultados para exercer suas funções a partir do dia útil seguinte”.

Amanhã sexta-feira é feriado no Panamá pelo Dia do Trabalhador, motivo pelo qual o próximo dia útil será na segunda-feira, 4 de maio.

A Corte Suprema investigará o ex-presidente pelo caso da compra com supostos superfaturamentos de comida desidratada através do governamental Programa Nacional de Ajuda (PAN).

O ex-governante panamenho foi apontado pelo ex-diretor do PAN, Giacomo Tamburrelli, em prisão domiciliar acusado de peculato e corrupção, como suposto responsável da assinatura de um contrato de US$ 45 milhões para a compra dessa comida.

Em comunicado divulgado nesta quinta-feira, a Corte Suprema panamenha lembrou que no último dia 28 de janeiro o plenário “admitiu o conhecimento da causa penal contra” Martinelli, “com a finalidade de iniciar a investigação pelo suposto delito contra a administração pública”.

Naquele dia o plenário designou os magistrados Oydén Ortega como promotor da causa penal, e Jerónimo Mejía como juiz de garantias da mesma.

O processo de investigação contra Martinelli pôde ser aberto depois que o Tribunal Eleitoral panamenho suspendeu, a pedido do Supremo, o privilégio eleitoral de que gozava o ex-chefe de Estado por ser o presidente do partido Mudança Democrática (CD).

Foi preciso também que a máxima corte panamenha rejeitasse vários recursos interpostos pela defesa de Martinelli, que é deputado do Parlamento Centro-Americano (Parlacen).

Martinelli saiu do Panamá no último dia 28 de janeiro e não retornou ao país, mas através de sua conta no Twitter insistiu em sua inocência e que é vítima de uma “perseguição política” por parte de seu sucessor no cargo e antigo aliado, Juan Carlos Varela. EFE

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