Temer compara violência de manifestantes a “terrorismo”
Indaiatuba, 11 fev (EFE).- O vice-presidente Michel Temer comparou nesta terça-feira os atos violentos de manifestantes em protestos no país, como o que provocou a morte do cinegrafista Santiago Andrade, no Rio de Janeiro, a “terrorismo”.
Em Indaiatuba (SP), onde esteve hoje para a inauguração de uma indústria, Temer pediu punição para quem praticar agressões e depredações, e condenou grupos relacionados aos distúrbios.
“Acho que há um certo terrorismo nestas organizações. A Constituição garante o livre direito à manifestação, mas não à depredação. Isso é crime e tem que ser considerado como crime. Para mim, são grupos criminosos”, afirmou Temer.
“Toda manifestação é legítima, o que é ilegítimo é o uso da violência. O uso da violência, como aconteceu nesse caso (da morte do cinegrafista), acaba desestimando movimentos que muitas vezes são legítimos”, disse.
Um homem está detido e outro foragido sob acusações de terem acionado e disparado o rojão que explodiu na cabeça de Andrade, durante um protesto na última quinta-feira contra o aumento da passagem de ônibus municipal no Rio, do qual também participavam os chamados “black blocs”.
“Este infeliz que causou a morte de um cinegrafista da TV Bandeirantes já está sendo identificado, naturalmente, e vai sofrer as consequências da lei”, frisou o vice-presidente.
Segundo Temer, as manifestações só devem ser reprimidas se forem violentas, com uma resposta “da mesma natureza, não violenta, mas não se trata atos criminosos com rosas na mão”. EFE
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