Temer lança na terça programa social para crianças pobres de até 3 anos
Michel Temer lancará nesta terça (16) no Palácio Planalto o programa Criança Feliz, que atenderá crianças de até 3 anos de idade (mil dias de vida) e contratará 80 mil pessoas ao custo de R$ 2 bilhões por ano, custo que será atingido em 2018, quando estará plenamente funcionando. Eles farão atendimento médico presencial e regular.
É Michel Temer tentando vestir uma roupa voltada mais ao social e, quem sabe, melhorar um pouco sua imagem. A popularidade de Temer está em níveis semelhantes à da presidente afastada Dilma Rousseff (PT).
Do ponto de vista político, é muito importante que o peemedebista se mova em direção a um eleitorado que se beneficiou muito nos governos do PT, mas que torcem o nariz em relação à administração interina.
Agenda
Eleições municipais vão começar a tomar conta da pauta política em mais de cinco mil cidades pelo País. Na terça os candidatos já poderão começar a fazer propaganda política.
No Senado, a DRU (Desvinculação das Receitas da União), medida essencial para o ajuste fiscal, pode ser votada.
Em relação ao impeachment de Dilma, nada de muito relevante deve acontecer nos próximos 10 dias. A presidente afastada, entretanto, prometeu divulgar uma carta com promessas a senadores que votarão sua cassação definitiva. Só que a chance de essa missiva ter um efeito além do midiático é muito remota.
Michel Temer deve ir ao Rio de Janeiro no final da semana para o fechamento dos jogos olímpicos, submentendo-se a possíveis vaias.
Impeachment
Na terça, às 15h, haverá uma reunião muito importante entre o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, e líderes do Senado. É necessário fazer algumas regras consensuadas entre os parlamentares para que a votação do impeachment termine em três ou quatro dias. É necessário que Lewandowski seja rigoroso em relação ao tempo de fala de cada senador.
Porém, as testemunhas estarão à disposição no Senado. Elas, por sua vez, não têm tempo de fala e podem ser inquiridas pelos parlamentares. Os aliados de Dilma devem tentar atrasar ao máximo a votação para tentar uma improvável reversão no processo de afastamento definitivo da petista.
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