Terceiro americano com ebola é internado em hospital após chegar da Libéria

Atlanta, (EUA.), 5 set (EFE).- O terceiro americano infectado pelo vírus ebola aterrissou na manhã desta sexta-feira na Base Aérea Offutt, em Omaha (Nebraska), e depois foi internado em um centro médico da cidade para continuar com o tratamento contra a doença que adquiriu enquanto trabalhava como voluntário em um hospital de Monróvia.

Rick Sacra, médico de 51 anos, chegou em um voo privado desde a Libéria aos Estados Unidos e será tratado em uma área isolada do Centro Médico de Nebraska em Omaha, de acordo com a organização religiosa Sociedade Internacional de Ministros da igreja Batista (SIM).

Até agora não foram revelados os detalhes da condição do médico.

Após ser diagnosticado com a doença, Sacra recebeu tratamento em uma sala isolada da Eternal Love Winning Africa (ELWA), o centro que a SIM tem na capital da Libéria, até que o grupo missionário efetuou as coordenações para concretizar sua transferência ao Centro Médico de Nebraska, em Omaha.

O centro de Omaha é um dos quatro hospitais nos Estados Unidos que conta com uma unidade especial para tratar doenças altamente contagiosas.

“O Centro Médico de Nebraska fornece uma avançada equipe de supervisão e uma ampla disponibilidade de opções de tratamento”, disse o presidente do SIM, Bruce Johnson, em comunicado emitido ontem no qual confirmou a transferência do doutor.

Sacra retornou à Libéria no mês passado após saber que Nancy Writebol e Kent Brantly, os outros dois americanos, tinham sido contagiados.

De acordo com o SIM, o médico não tinha contato direto com pacientes com ebola e seguiu estritamente todos os protocolos estabelecidos para evitar o contágio, por isso que até o momento se desconhece de que maneira foi infectado.

Os doutores Nancy Writebol e Kent Brantly receberam alta no mês passado do Hospital Universitário de Emory, em Atlanta, após serem tratados por três semanas. Assim, ambos se tornaram os primeiros humanos a receber o remédio experimental ZMapp.

O surto de ebola que afeta atualmente a Libéria, Serra Leoa, Guiné e Nigéria foi catalogado como o pior desde que o vírus foi descoberto em 1976 na República Democrática do Congo (RDC), causando pelo menos 1.552 mortes desde o mês de março. EFE