Trump em guerra agora contra a NFL e NBA
Com que tropa civil, o comandante-em-chefe Donald Trump vai à guerra? Com qualquer outro moderno presidente americano, seria inconcebível esta pergunta. Rachas e protestos na sociedade explodem durante o desenrolar de uma guerra. Para ficar em mais recentes, podemos lembrar do Vietnã e do Iraque.
Com Donald Trump, tudo é diferente. Ele é de fato um general de muitas divisões. Basta ver que Trump abriu um novo flanco de batalhas na sociedade americana no fim de semana com sua ofensiva contra atletas profissionais, leia-se negros, que ele considera desrespeitosos da pátria, pois em protesto em causas como brutalidade policial ajoelham-se quando o hino nacional é tocado nos estádios.
Para Trump, tal atitude é antipatriótica e ele acelerou a ofensiva pedindo que tais atletas sejam demitidos e que haja um boicote de torcedores. O protesto aumentou nos jogos de domingo e não apenas de futebol americano, o esporte número um do pais, mas em basquete, beisebol e hóquei.
Trump estima que vencerá na sua grande guerra patriótica contra o Rocket Man norte-coreano ou qualquer quarterback de futebol americano, mas o fato é que ele continua concentrado em um enclave no campo político, com uns 40% de apoio nacional.
A base de Trump o idolatra e pergunta de que andar do prédio deve saltar quando ele faz a conclamação ao mergulho. Outra parte do país simplesmente o odeia e uma pequena, mas pequena, parcela oscila.
Neste jogo, eu retomo a pergunta: com que tropa civil Trump poderá ir à guerra? E não estamos sendo abstratos. Está aí a escalada na crise da Coreia do Norte. O inimaginável se torna plausível, ou seja, um conflito nuclear. E aquele que Trump chama de Rocket Man, o ditador Kim Jong-un, não poderia estar mais feliz com o que se passa na retaguarda do inimigo.
Domingo, saiu a pesquisa Washington Post/Rede ABC. Revela que quase o dobro de americanos confiam mais nos líderes militares do que em Trump para lidar com o desafio norte-coreano. São 72% com confiança nos militares e apenas 37% no presidente.
Outro desafio a um presidente que não inspira confiança ou respeito da maioria dos americanos: 67% dos americanos são contra um ataque militar preventivo na Coreia do Norte. Somente 23% são a favor deste tipo de ataque. A maioria dos americanos só topa uma reação a um ataque norte-coreano.
Com estes problemas no ataque, será difícil um touchdown de um presidente que comanda tantas divisões e que corre para tudo quanto é lado para se manter no centro das atenções.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.