Tsipras espera acordo no domingo e afirma que usará referendo como “arma”

  • Por Agencia EFE
  • 07/07/2015 20h04

Bruxelas, 7 jul (EFE).- O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, afirmou nesta terça-feira que espera alcançar um acordo com seus sócios no final de semana e assegurou que utilizará o resultado do referendo grego como uma “arma contundente” para defender suas posições.

Ao término da cúpula de chefes de Estado e de governo da zona do euro, Tsipras declarou que este primeiro encontro com seus sócios depois da consulta do domingo, na qual venceu o “não” às propostas dos credores, aconteceu em um clima “positivo”.

Tsipras contou que nas “próximas horas” começará um “processo que vai ser rápido” e que tem o “objetivo de conseguir um acordo no final de semana”.

No domingo, os líderes da União Europeia (UE) se reunirão em outra cúpula extraordinária em Bruxelas para tentar fechar um acordo, para o qual os sócios da Grécia exigem que o país apresente uma solicitação formal para um terceiro resgate e suas propostas de medidas.

Fontes europeias revelaram que o país tem até a meia-noite da sexta-feira para fazer isso, uma vez que no sábado se reunirão os ministros de Economia e Finanças da zona do euro (Eurogrupo) para analisar os documentos apresentados por Atenas.

Tsipras disse que espera que o acordo seja “viável e justo”, e assegurou que o governo grego utilizará o resultado do referendo para defender sua posição.

“A parte grega vai continuar seus esforços, usando para isso a arma contundente do resultado do referendo, no qual ficou clara a vontade da maioria da população grega de conseguir um acordo viável para pôr fim à discussão e dar a perspectiva da saída definitiva da crise atual”, considerou.

O líder grego defendeu que as reformas pactuadas com os sócios do euro sejam regidas por um “critério de justiça social” e ressaltou a importância de que se garanta a cobertura da necessidade de financiamento do país em médio prazo, assim como que se discuta sobre a dívida.

Tsipras se mostrou também “satisfeito” porque, segundo sua opinião, seus colegas compreenderam que a questão não é “só um problema grego, mas europeu” e que este deve ser abordado de uma maneira “responsável”. EFE

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