UE pede que exército respeite direitos dos cidadãos

  • Por Agencia EFE
  • 02/11/2014 20h19
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Redação Central, 2 nov (EFE).- A União Europeia (UE) pediu neste domingo ao exército e as forças de segurança em Burkina Fasso que atuem com “sentido de responsabilidade” e respeitem os direitos fundamentais dos cidadãos, assim como permitam uma transição pacífica liderada por autoridades civis.

“Continuamos observando os eventos em Burkina Fasso com preocupação”, afirmou o Serviço de Ação Exterior da UE em comunicado.

Em um momento crucial para o futuro do país, “pedimos em particular pelo sentido de responsabilidade de todas as forças militares e de segurança para que garantam a segurança da população e os direitos fundamentais” dos burquinenses, “incluindo o de se manifestar pacificamente”, indicou.

A UE lembrou seu compromisso com “uma transição democrática pacífica, liderada por autoridades civis de transição e condutora à realização o quanto antes de eleições democráticas, inclusivas e transparentes”.

“Um processo assim oferece a melhor resposta às aspirações legítimas dos burquinenses, da mesma forma que a melhor garantia para umas relações internacionais normais de Burkina Fasso e a continuação de grandes esforços de desenvolvimento e cooperação”, sustentou a UE.

A UE informou que respalda plenamente a missão conjunta da União Africana, a Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental e a ONU neste sentido e está disposta a “contribuir”.

Em meio a crise instaurada no país, no começo da tarde, uma pessoa morreu quando tentou fugir das instalações da TV estatal de Burkina Fasso depois que membros da guarda presidencial atiraram para o alto para dispersar simpatizantes da oposição.

A morte foi confirmada pelo próprio diretor “RTB”, David Thiombiano, que garantiu que a vítima não foi atingida pelos tiros.

Um grupo de simpatizantes da oposição acompanhava a líder do Partido pela Democracia e a Mudança (PDC), Saran Sereme, à sede da “RTB” para autoproclamar-se presidente interina, quando os militares abriram fogo nas instalações.

Os militares, que ontem nomearam líder da transição o número dois da guarda presidencial, Isaac Zida, começaram atirar para o alto quando os manifestantes ameaçaram destruir o prédio.

Desde quinta-feira, as transmissões estão interrompidas, quando grandes e violentos protestos tomaram o prédio, após um grupo incendiar o parlamento e exigir a renúncia do presidente, Blaise Compaoré, que fugiu do país na sexta-feira.

O exército tomou o poder em Burkina Fasso para iniciar uma transição que deve terminar com a realização de eleições no prazo de 90 dias. EFE

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