Uruguai não decidirá sobre presos de Guantánamo antes das eleições

  • Por Agencia EFE
  • 08/10/2014 18h32

Montevidéu, 8 out (EFE).- O Uruguai não decidirá se finalmente acolhe alguns presos da prisão americana de Guantánamo até depois das eleições presidenciais, afirmou nesta quarta-feira o chefe do Estado uruguaio, José Mujica.

Mujica falou deste assunto ao ser perguntado pelos jornalistas após inaugurar em Montevidéu o fórum de negócios ExpoAladi 2014, cujo objetivo é avançar no crescimento do comércio da América Latina.

O presidente afirmou que do assunto de Guantánamo “não deve ser motivo de preocupação agora” e explicou que a posição de não tomar uma decisão até após o pleito se deve ao fato que tem que comprovar “a opinião do novo governo” que surja das urnas.

As eleições, às quais Mujica não se apresentará como candidato, estão fixadas para 26 de outubro, mas todas as enquetes apontam que será necessário um segundo turno, marcado para 30 de novembro.

Os dois candidatos mais bem posicionados, de acordo com as pesquisas, são o governista Tabaré Vázquez e o opositor Luis Alberto Lacalle Pou.

“Vocês sabem que eu não esqueço das decisões quando as tenho que tomar, mas um presidente tem que considerar que é um presidente não um rei, não faz o que bem entender, tem que avaliar”, argumentou Mujica sobre os presos de Guantánamo.

Há meses, Uruguai e Estados Unidos negociam a chegada a esse país sul-americano de seis prisioneiros de Guantánamo, uma prisão para acusados de terrorismo situada na base que os Estados Unidos têm em território cubano.

Segundo uma pesquisa divulgada no último dia 2 de outubro, 58% dos uruguaios rejeita a chegada de presos de Guantánamo a seu país. EFE

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