Vazamento de produto químico em rio nos EUA deixa 10 pessoas hospitalizadas

Washington, 11 jan (EFE).- Cerca de dez pessoas foram internadas e outras dezenas mais procuraram os serviços de emergência de saúde na Virgínia Ocidental com sintomas provocados pelo contato com a água contaminada pelo vazamento no rio Elk de um produto químico de uma fábrica de tratamento de carvão na última quinta-feira.

O vazamento deixou ao redor de 300 mil pessoas de nove condados do estado da Virgínia Ocidental sem fornecimento de água e obrigou, na última quinta-feira, o estado a declarar emergência federal para poder enviar ajuda aos afetados.

O governador do estado, Earl Ray Tomblin, disse hoje que “não se sabe exatamente quando será suspensa a proibição do uso da água da torneira”, apesar de a concentração da substância química na mesma ter diminuído.

O centro de intoxicações do estado recebeu mais de 670 chamadas relacionadas com o vazamento, mais de 70 pessoas procuraram as emergências dos hospitais e dez pessoas foram internadas.

Tomblin voltou a pedir hoje que os cidadãos não utilizem a água corrente para beber, cozinhar, limpar ou fazer a higiene pessoal, o que provocou desde a quinta-feira o fechamento de bares, escolas e restaurantes e esgotou as reservas de água engarrafada e gelo em algumas lojas.

“Nossa principal preocupação são os hospitais, as residências de idosos e os mais vulneráveis”, disse o governador.

O vazamento procede de uma fábrica da empresa Freedom Industries que se encontra próxima do rio Elk na capital do estado, Charleston, e contaminou a água da fornecedora da Virgínia Ocidental.

O produto químico, “4-Metilciclohexano Metanol”, pode provocar queimaduras na garganta e vômito se for ingerido, enquanto seu contato com a pele e os olhos pode produzir irritações e problemas respiratórios, informaram as autoridades de saúde do estado.

A empresa de fornecimento de água, o Escritório de Saúde Pública da Virgínia Ocidental e o Departamento de Proteção Ambiental começaram a recolher amostras de água para tentar conter o vazamento.

“Este processo levará tempo”, anunciou o governador.

Calcula-se que 100 mil casas e estabelecimentos comerciais e 300 mil pessoas dos condados de Boone, Cabell, Clay, Jackson, Kanawha, Lincoln, Logan, Putnam e Roane foram afetadas pelo vazamento. EFE