Ana Amélia não é vice decorativa e deve trazer força à chapa de Alckmin
Ana Amélia vice-presidente, potencialmente no plano simbólico, representa bastante. Ela não é vice decorativa, tem trajetória profissional bastante conhecida antes de entrar na política e depois de entrar na vida pública, tem seu posicionamento forte.
Ela é, desde o primeiro momento, apoiadora da Operação Lava Jato e traz isso de vantagem para a chapa do ex-governador Geraldo Alckmin. Ela não participa de esquemas partidários, não é beneficiada pelo PP em assentos em agências reguladoras.
Além disso, Ana Amélia tem penetração forte no setor do agronegócio, é forte na região Sul do País, e é a presença feminina na chapa, algo bastante cobiçado nestas eleições.
É no eleitorado feminino que Bolsonaro tem maior dificuldade. Potencialmente Ana Amélia é, sim, uma vice dos sonhos. Se isso vai se converter em votos é a mesma discussão que temos há semanas sobre as alianças de Alckmin.
A eleição de 2018 tem série de singularidades. O fato de ela ser amplamente influenciada pela Lava Jato, ter ex-presidente preso e muitos políticos denunciados, a torna ainda mais indefinida.
Marina Silva, da Rede, também encontrou seu vice. Ela tem Eduardo Jorge na composição de sua chapa. O fato de ela ter conseguido ao menos uma aliança diminui a fala de que ela é alguém difícil de se dialogar. O nome do PV é melhor do que ela permanecer no núcleo duro.
Agora restam as definições do PT e vices de Ciro Gomes e Jair Bolsonaro.
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