Após Câmara rejeitar impeachment, Crivella abre Prefeitura para comando do MDB
A Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro rejeitou o pedido de abertura de impeachment contra o prefeito Marcelo Crivella – e houve partido mudando de discurso.
Após as acusações de que o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), teria violado o estado laico, a Câmara dos Vereadores suspendeu o recesso parlamentar para votar um possível processo de impeachment por improbidade administrativa. Mas a denúncia foi rejeitada por 29 votos a 16.
A sessão durou cerca de três horas e meia e foi marcada por intensos bate-bocas entre parlamentares da situação e da oposição.
Há dois anos, quandoa Câmara votava o impeachment de Dilma, o PSOL estava de um lado e MDB capitaneando o processo. Já no RJ, se viu os partidos trocando de corpo e vivendo a vida de outros.
Era o PSOL de Marcelo Freixo dizendo que nem todo impeachment é golpe, e o MDB de Crivella dizendo que ele foi eleito pelo povo e que não teria golpe. O PT foi um tão preso ao discurso do golpe que teve que votar contra o impeachment do prefeito do RJ.
Curioso notar que Carlos Bolsonaro não compareceu à votação e não sabemos o que o clã Bolsonaro pensa a respeito da gestão de Marcelo Crivella na cidade do Rio de Janeiro.
Crivella negocia com partidos
O evangélico Crivella, que chegou ao poder graças ao eleitorado fiel e à Igreja Universal, para evitar a abertura de impeachment, abriu o governo de forma ecumênica. Abrigou o MDB de maneira mais generosa e agora o partido quase que manda no governo.
O MDB, além de dar as cartas no governo do Estado, apesar de boa parte da sua cúpula estar atrás das grades, passou a mandar também na Prefeitura do RJ.
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