Ato de procurador sobre investigação de Alckmin gera mal-estar no MP-SP

  • Por Jovem Pan
  • 11/05/2018 09h36 - Atualizado em 11/05/2018 09h39
DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO Defesa de Alckmin pede que citações na delação da Odebrecht sejam investigadas apenas na justiça eleitoral

O ex-governador e pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, enfrenta problema na seara das investigações, analisa a colunista Jovem Pan Vera Magalhães na manhã desta sexta-feira (11).

O ex-governador contava com a hipótese de que tudo ficasse circunscrito à Justiça Eleitoral. Porém, o Ministério Público de São Paulo, especificamente a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social, abriu inquérito por improbidade administrativa para investigar supostos repasses de mais de R$ 10 milhões para campanhas do tucano, que constam da delação da Odebrecht. O procurador-geral do Estado Gianpaolo Smanio pediu a remessa da investigação, mas o promotor Ricardo Manuel Castro discordou e recorreu.

A atitude de Smanio provocou bastante celeuma e um “certo frisson” no Ministério Público estadual, diz Vera. Os promotores estão dizendo que o próprio governador pressionou o procurador Smanio e o acusam de uma interferência indevida na autonomia do promotor natural.

Alckmin foi questionado sobre o caso e se esquivou, garantindo que está disposto a prestar contas quantas vezes for necessário.

Esse pode ser apenas um aperitivo caso o operador Paulo Vieira de Souza, da Dersa, o Paulo Preto, decida fazer uma delação. E tudo aponta que isso poderá acontecer.

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