Vera Magalhães: candidatos subestimaram estrago da Lava Jato
É interessante observar os primeiros números. Os políticos subestimaram o estrago que a Operação Lava Jato faria no establishment político do Brasil. Os candidatos acharam que o tempo de TV, coligações, aqueles velhos paradigmas seriam suficientes para barrar rejeição provovacada pela Lava Jato.
Eduardo Paes (DEM), que sempre foi próximo de Sérgio Cabral (MDB) achou que mudando de partido, passando um tempo na iniciativa privada, ele limparia sua barra com o eleitorado. A mesma coisa, Antonio Anastasia (PSDB). Ele achou que com aquela cara de técnico, de bonachão, seria visto como diferente de Aécio Neves (PSDB), faria com que a lama de Aécio não respingasse nele, mas não foi o que aconteceu.
Aqui em São Paulo, a mesma coisa. Geraldo Alckmin (PSDB), nacionalmente, achou que com grande tempo de TV e coligação de A a Z não seria atingido pelos escândalos envolvendo Aécio e José Serra e outros, mas nada disso se confirmou.
É a eleição da nova política, como havia acontecido um pouco em 2016, e vai mostrando sua cara nessa eleição.
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