Como os pré-candidatos ao Planalto se posicionam sobre os caminhoneiros

  • Por Jovem Pan
  • 29/05/2018 08h13 - Atualizado em 29/05/2018 08h14
ANDRÉ DUSEK/ESTADÃO CONTEÚDO Em momento raro, Bolsonaro foi criticado em suas próprias redes sociais

Vera Magalhães comentou no Jornal da Manhã desta terça (29) o posicionamento dos pré-candidatos à Presidência sobre a greve dos caminhoneiros.

Aqueles que têm posições menos ortodoxas têm se posicionado de maneira mais firme em relação ao movimento, como Jair Bolsonaro (PSL) e Ciro Gomes (PDT), que têm falado de maneira mais profícua.

Já os mais “moderados”, que querem ocupar o centro político, ficam no “muro”, afirmou a comentarista. Aliados tucanos se incomodaram com postura de Geraldo Alckmin (PSDB), que hesita em tomar uma posição mais firme e política sobre a greve e suas implicações.

Alckmin e Marina Silva (Rede) deram respostas parecidas: que o governo tinha de negociar, mas faltou firmeza.

Já Ciro Gomes, no Roda Viva, falou com firmeza, pediu a queda de Pedro Parente e atacou o governo. Ele parece estar mais “quente para o jogo”, enquanto Alckmin tenta fazer um “jogo de segurança”.

E Bolsonaro surfa nessa onda, teve o apoio expresso de parte dos caminhoneiros, mas agora, com os prejuízos ao País, começa a recuar um pouco.

Mudanças nas redes

Bolsonaro parece ser o mais afiado com as redes sociais. Ele foi o primeiro a apoiar incisivamente a greve dos caminhoneiros. Ele fez um tuíte no fim de semana, muito criticado nas redes, dizendo que iria revogar qualquer multa ou prisão imposta a caminhoneiros.

Agora, ele louva e parabeniza os caminhoneiros pelo movimento, mas que eles devem ter a “sabedoria” de saber parar, sob pena de o governo imputar a eles os prejuízos.

Isso ocorre no exato momento em que a greve para de contar com o apoio majoritário nas redes sociais.

Muitos já não veem no movimento uma luta contra a corrupção ou privilégios, mas por uma pauta sectária que já começa a afetar a vida de muitos.

A pulverização já causa briga dentro do movimento dos caminhoneiros. “É um movimento que sentiu um apoio, foi longe de mais, sentiu-se politicamente empoderado e não sabe como encerrar a greve”, conclui Vera.

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