Como os pré-candidatos ao Planalto se posicionam sobre os caminhoneiros
Vera Magalhães comentou no Jornal da Manhã desta terça (29) o posicionamento dos pré-candidatos à Presidência sobre a greve dos caminhoneiros.
Aqueles que têm posições menos ortodoxas têm se posicionado de maneira mais firme em relação ao movimento, como Jair Bolsonaro (PSL) e Ciro Gomes (PDT), que têm falado de maneira mais profícua.
Já os mais “moderados”, que querem ocupar o centro político, ficam no “muro”, afirmou a comentarista. Aliados tucanos se incomodaram com postura de Geraldo Alckmin (PSDB), que hesita em tomar uma posição mais firme e política sobre a greve e suas implicações.
Alckmin e Marina Silva (Rede) deram respostas parecidas: que o governo tinha de negociar, mas faltou firmeza.
Já Ciro Gomes, no Roda Viva, falou com firmeza, pediu a queda de Pedro Parente e atacou o governo. Ele parece estar mais “quente para o jogo”, enquanto Alckmin tenta fazer um “jogo de segurança”.
E Bolsonaro surfa nessa onda, teve o apoio expresso de parte dos caminhoneiros, mas agora, com os prejuízos ao País, começa a recuar um pouco.
Mudanças nas redes
Bolsonaro parece ser o mais afiado com as redes sociais. Ele foi o primeiro a apoiar incisivamente a greve dos caminhoneiros. Ele fez um tuíte no fim de semana, muito criticado nas redes, dizendo que iria revogar qualquer multa ou prisão imposta a caminhoneiros.
Qualquer multa, confisco ou prisão imposta aos caminhoneiros por Temer/Jungmann, será revogada por um futuro presidente honesto/patriota.
— Jair Bolsonaro (@jairbolsonaro) May 27, 2018
Agora, ele louva e parabeniza os caminhoneiros pelo movimento, mas que eles devem ter a “sabedoria” de saber parar, sob pena de o governo imputar a eles os prejuízos.
Parabenizo os caminhoneiros pela luta justa contra mazelas que atingem a população causadas pela corrupção enraizada em nosso país. Peço sabedoria para que tudo volte à normalidade antes que a situação piore e caia na conta de vocês o que é de total responsabilidade do governo.
— Jair Bolsonaro (@jairbolsonaro) May 29, 2018
Isso ocorre no exato momento em que a greve para de contar com o apoio majoritário nas redes sociais.
Muitos já não veem no movimento uma luta contra a corrupção ou privilégios, mas por uma pauta sectária que já começa a afetar a vida de muitos.
A pulverização já causa briga dentro do movimento dos caminhoneiros. “É um movimento que sentiu um apoio, foi longe de mais, sentiu-se politicamente empoderado e não sabe como encerrar a greve”, conclui Vera.
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