Entre medidas amargas e doces, Temer deve propor redução de benefícios de servidores
Após se livrar de denúncia de corrupção passiva, Michel Temer busca uma agenda para chamar de sua. Além da luta pela reforma da Previdência, uma proposta que não conta com o aval de maior parte da população, o governo federal anunciará em breve um novo pacote de medidas, algumas amargas e outras doces, para tentar engatar alguma popularidade.
Entre as medidas amargas, deve vir um corte de benefícios aos servidores públicos. Esta é avaliada como uma agenda impopular com os servidores, mas popular com a sociedade, que identifica no serviço público um serviço mal prestado e com privilégios. Já na semana que vem deve ser anunciado um pacote com redução de auxílios, licenças e benefícios incorporados ao teto salarial.
Além disso, o presidente anunciará medidas de estímulo ao crédito. Linhas de crédito e juros do BNDES serão alteradas, além de outros financiamentos, por meio de instituições privadas que contam com a intermediação do banco nacional de fomento.
Outra vertente de medida econômica é tentar reempacotar concessões mais uma vez e torná-las mais atraentes aos empresários, após imbróglio e paralisação da concessão de aeroportos anunciada pelo ministro Moreira Franco.
Essa é mais uma postura política de um governo que quer mostrar que não está preocupado somente em se defender, mas que tem algo a entregar.
O governo fala em um “legado institucional” que permita ao próximo presidente, eleito em 2018, superar a crise. Assim, Temer volta a se assumir como governo de transição com uma agenda para pavimentar a chamada “ponte para o futuro”.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.