Envolvimento em ilicitudes deixou de ser nota de corte para compor equipe ministerial de Temer
Enquanto o Governo procurava um ministro do Trabalho foi surpreendido com a saída do ministro de Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, nesta quarta-feira (03). É um período de entra e sai, um Governo com porta-giratória. Mas são baixas que não deixam nenhuma saudade.
São ministros pouco conhecidos e com trabalho pouco conhecido na área substituídos por pessoas sem grandes conhecimentos e com currículos pouco expressivos.
Marcos Pereira, por exemplo, estava no cargo por conta de sua influência sobre a bancada evangélica no Congresso. E ele deve ser substituído por alguém de seu partido, o PRB, que é dominado pela Igreja Universal do Reino de Deus e por poucas pessoas com expressividade.
O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços é complicado e desde que foi criado é difícil alguém parar lá por muito tempo.
Já a nomeação de Cristiane Brasil para o Ministério do Trabalho se deve a uma falta de políticos no Centrão com biografia ilibada e serviços prestados nas áreas correlatas à pasta. Dos nomes cogitados estavam Pedro Fernandes, que tinha investigação contra ele no STF, depois Sergio Morais, que disse não se preocupar com a opinião pública, e a própria Cristiane, filha de Roberto Jefferson.
Passou batido pelo Governo o fato de que ela é citada em delações por ter recebido recursos de forma ilícita. Ser alvo de investigação ou ser citado em delação deixou de ser nota de corte para compor a equipe ministerial do Governo Temer. Vale nomeação com denúncia mesmo.
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