Governo está emparedado e sem muita margem pra sair
Os caminhoneiros entraram nesta quinta-feira (24) no quarto dia de manifestações contra o preço elevado dos combustíveis.
A paralisação tem provocado desabastecimento de combustíveis e de alimentos em diversos estados. De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Município do Rio de Janeiro (Sindcomb), ao menos metade dos postos da capital estará hoje (24) sem algum dos três combustíveis: gasolina, diesel ou etanol. Em alguns postos de Brasília já falta álcool.
Nesse princípio de caos em que vive o país, a administração do presidente Michel Temer se encontra “emparedada”.
Trata-se de uma chantagem para forçar o governo a abaixar ainda mais o preço e manter fora da reoneração da folha setores ligados aos empresários de transporte, pois a greve não alcançaria esse patamar se não tivesse a concordância e o conluio dos empresariado.
A carga tributária sobre os combustíveis realmente é uma das mais incisivas, mas se o Governo começar a desonerar demais, ele vai perder receita, ou seja, o cobertor é curto para mexer. Alterar o preço, aliás, é a antítese da política de que vinha sendo adotada até agora.
Dentro da Petrobras, Pedro Parente, que sempre bateu na tecla de que a estatal não seria instrumento de política de preço do governo, teve que começar a ceder.
Dessa forma, a própria permanência de Parente à frente da Petrobras é vista como dúvida.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.