Haddad e Maluf têm a mesma tese sobre candidatura de fichas-sujas
Vera Magalhães comentou no Jornal da Manhã desta terça-feira (24) o conteúdo de entrevistas dadas pelo ex-prefeito Fernando Haddad já alçando a si mesmo como possível candidato do PT à Presidência.
Haddad se vale de supostamente ser o escritor do programa do PT para assumir mais ou menos a posição de candidato do partido à Presidência, diz Vera.
Choque liberal?
O ex-prefeito propõe um um suposto “choque liberal”, mas só mostra um choque de arrogância e intervencionismo, afirma a comentarista. Haddad quer intervir na imprensa, no Judiciário, nos bancos e no Ministério Público.
É velho intervencionismo de Dilma Rousseff travestido de intelectualidade, analisa.
“Estamos dialogando com uma modernidade da base para o topo. Não com o ápice da pirâmide”, diz também o petista, como se fosse um novo ungido.
Haddad fala de modernidade, mas se esquece que a ex-presidente Dilma agravou a crise econômica do País, cujas motivações começaram ainda no governo Lula.
“O PT está tentando fazer um milagre, como ocorreu no regime soviético, de apagar aliados incômodos do passado”, compara Vera.
Compromisso com diversidade, com o contraditório, com liberdade de expressão de camadas vulneráveis, com representatividade étnica
Quando Haddad propõe o controle da gestão da mídia, fala em “representatividade étnica” e “compromisso com a diversidade”, em clara ingerência na imprensa.
Haddad defende ainda o controle social maior do judiciário. “Como se dará isso?”, questiona Vera.
Lula, Haddad e Maluf
Para defender o ex-presidente Lula, preso e condenado em 2ª instância na Lava Jato, Haddad cita jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que permite alguém em tal circunstância jurídica registrar candidatura.
Assim, “Haddad, Lula e Paulo Maluf estão de novo irmanados”, diz Vera.
O ex-prefeito de São Paulo e deputado federal Paulo Maluf diz, na Bernardo Mello Franco, que vai registrar candidatura. Ele continua sendo parlamentar, apesar de ter sido preso e condenado em instância final no STF.
Maluf e Haddad têm a mesma tese, de que condenados e presos podem ser candidatos, aponta.
“Se o PT defende que Lula seja candidato contra a Lei da Ficha Limpa, tem que fazer campanha para o Maluf de novo”, conclui a analista.
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