Julgamento de recurso de Lula no TRF4 passa a ser o fato mais importante da política em 2018

  • Por Jovem Pan
  • 13/12/2017 08h23
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EFE/Fernando Bizerra Jr. Para o Brasil, é bom que se saiba isso o mais longe possível das eleições, para que não se tenha risco de judicialização e evite que o ex-presidente consiga tempo de televisão

Após o TRF4 marcar a data do julgamento de Lula no caso do tríplex no Guarujá para o dia 24 de janeiro, a estratégia tem sido, nas primeiras horas depois da marcação da data, intensificar a estratégia de vitimização. A defesa fala em recorrer por falar que foi desrespeitada ordem cronológica dentro do tribunal para análise dos casos.

O PT divulga documentos e notas dizendo que isso seria a confirmação de que Lula é vítima de julgamento político e tem tratamento diferente de demais réus da Lava Jato.

Foi rápido. Dia 1º de dezembro, o relator liberou seu voto e em poucos dias o revisor devolveu o processo e pediu a marcação da data. Mas é importante salientar que essa Corte vem reduzindo esse prazo que antes era de três meses e agora vem sendo menor, portanto, não é excepcionalidade no caso do ex-presidente.

Para o Brasil, é bom que se saiba isso o mais longe possível das eleições, para que não se tenha risco de judicialização e evite que o ex-presidente consiga tempo de televisão, o que dificultaria a retirada de sua candidatura para 2018.

O julgamento passa a ser o fato da política brasileira mais importante para 2018. A eleição é uma com Lula na cédula e outra sem ele. Isso muda a percepção do eleitorado, a movimentação dos candidatos.

É bom que o TRF4 dê satisfação à sociedade o quanto antes, porque o contrário disso chama-se insegurança jurídica – e sobre as eleições.

A delação de Antonio Palocci

Além da condenação, outros processos contra Lula devem avançar, como a do sitio em Atibaia, o apartamento em São Bernardo, o referente à Operação Zelotes e outros.

A delação de Antonio Palocci permeia os vários processos e teria informações a prestar nos vários processos aos quais Lula responde.

A PGR tem apresentado entraves, no entanto, para a negociação de Palocci. Ele apresenta informações sobre casos já conhecidos. O que a defesa do ex-ministro tenta fazer para driblar isso é fechar acordo com a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.

Confira o comentário completo de Vera Magalhães:

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