Lula recebe ducha de água fria e PT fica como barata tonta
O ministro Dias Toffoli, ao rejeitar pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de retirar o caso do sítio de Atibaia de Sérgio Moro, jogou um “lava-jato de água fria” no petista, diz a comentarista Vera Magalhães.
Embora tenha dado a entender que, posteriormente, numa análise de mérito, a jurisdição do processo pode ser revista, Toffoli reiterou o entendimento de que apenas trechos da delação da Odebrecht foram transferidos para São Paulo.
Não está claro, porém, se é possível Moro usar depoimentos feitos pelos mesmos delatores fora das colaborações oficiais.
Vera Magalhães também destacou quem compõe a defesa de Lula: nove advogados de três escritórios estrelados. Em destaque, Roberto Teixeira, Cristiano Zanin Martins, o mais midiático, e José Roberto Batochio, responsável por um trabalho mais de bastidor, os “embargos auriculares”.
PT, barata tonta
O Partido dos Trabalhadores (PT) está “feito uma barata tonta” para as eleições deste ano com a indefinição do futuro de Lula, preso desde 7 de abril.
A comentarista destacou as “caravanas” para militantes irem a Curitiba dar “bom dia, Lula” e os jornais que “fazem o diário do cárcere” relatando o dia a dia do petista na superintendência da PF em Curitiba.
Esse tipo de lulacentrismo “tem um poder de influenciar eleitoralmente cada vez mais reduzido”, diz a comentarista.
“Já começa a dividir uma divisão entre as alas do PT”, informa Vera.
Os mais “xiitas”, como a presidente da sigla Gleisi Hoffmann, insistem em manter a estratégia em torno da figura de Lula.
Na outra ala está o ex-governador Jaques Wagner, que chegou a cogitar a possibilidade de o PT fazer o vice de Ciro Gomes. Gleisi rebateu e disse que Ciro não passa no PT “nem por reza brava”.
Enquanto isso, parece que o que o PT pensa para o futuro do País está atrelado à figura de Lula.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.