Na eleição de 2018, o economista é o novo marqueteiro
Bastou dizer no Jornal da Manhã desta quarta-feira (10) que o publicitário Fernando Barros estaria atuando na pré-campanha de Rodrigo Maia (DEM) para ele entrar em contato e dizer que não é marqueteiro e que ajuda o presidente da Câmara apenas com algumas dicas, mas sem receber por isso.
É comum esse tipo de resposta dos publicitários atualmente. Há pouco tempo, marqueteiros tinham papel central nas campanhas. Em eleições presidenciais anteriores, por exemplo, Dilma Rousseff conseguiu exterminar Marina Silva e vencer com o marketing de João Santana e Monica Moura. Eles, entretanto, foram presos e viraram delatores. A partir daí a profissão de marqueteiro começou a ser vista como “non grata”. Outros marqueteiros em outras campanhas também se viram envolvidos recebendo pagamentos ilícitos.
Já a onda dos candidatos é dizer que não vai ter um marqueteiro de campanha e que irão fazer um marketing mais “olho no olho”. A moda para 2018 é o marketing minimalista com nomes de novas gerações e não medalhões – e ainda recebendo salários razoáveis.
Agora, o economista é o novo marqueteiro. O que “pega bem” é dizer quem será seu economista na campanha. Em 2014 isso começou a ser esboçado, quando Marina Silva designou Eduardo Gianetti, que a acompanhava em compromissos eleitorais.
Mas isso agora está maximizado. Por exemplo, Jair Bolsonaro, Geraldo Alckmin, João Amôedo e até mesmo Luciano Huck já disseram ou esboçaram quem seriam seus nomes para a equipe econômica em caso de vitória na eleição.
Os economistas estão em alta e todos querem passar uma imagem de credibilidade.
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