Paulo Preto dá sinais de que pretende fazer delação
Paulo Preto abriu quatro contas na Suíça 43 dias após ser nomeado por José Serra como presidente da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) de São Paulo. Documentos do Ministério Público suíço apontam que essas contas receberam grande volume de dinheiro entre 2007 e 2008, no governo do tucano.
O saldo era de US$ 34,4 milhões de dólares (cerca de R$ 120 milhões) no começo de 2017, quando Paulo Vieira de Souza transferiu o volume para as Bahamas.
A defesa de Paulo Preto, que está preso, e José Serra não quiseram comentar o conteúdo do documento, revelado pelo jornal Folha de São Paulo.
A colunista Jovem Pan Vera Magalhães lembra que Paulo Preto está preso e tem dado sinais de que pretende fazer uma colaboração judicial, ou delação premiada.
Essas contas na Suíça são um rastro evidente. O principal volume que abasteceu essas contas se deu nos governos José Serra e Gilberto Kassab.
Paulo Preto vinha sendo contido pelos tucanos. O seu advogado era o mesmo do senador Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB. Mas parece que fica cada vez mais difícil evitar que ele fale.
O operador é suspeito de ter intermediado dinheiro da propina para campanhas do PSDB, como a de Serra em 2010.
Os tucanos estão assombrados com a figura de Preto. O seu ressurgimento no noticiário coincide com o momento em que o PSDB busca alianças ao centro para as candidaturas de Geraldo Alckmin para a Presidência e de João Doria para o governo de São Paulo.
O fantasma de Paulo Preto ronda os tucanos paulistas, diz Vera.
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