Paulo Preto dá sinais de que pretende fazer delação

  • Por Jovem Pan
  • 07/05/2018 09h38 - Atualizado em 07/05/2018 15h05
Geraldo Magela/Agência Senado O engenheiro Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, apontado como operador de propina do PSDB

Paulo Preto abriu quatro contas na Suíça 43 dias após ser nomeado por José Serra como presidente da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) de São Paulo. Documentos do Ministério Público suíço apontam que essas contas receberam grande volume de dinheiro entre 2007 e 2008, no governo do tucano.

O saldo era de US$ 34,4 milhões de dólares (cerca de R$ 120 milhões) no começo de 2017, quando Paulo Vieira de Souza transferiu o volume para as Bahamas.

A defesa de Paulo Preto, que está preso, e José Serra não quiseram comentar o conteúdo do documento, revelado pelo jornal Folha de São Paulo.

A colunista Jovem Pan Vera Magalhães lembra que Paulo Preto está preso e tem dado sinais de que pretende fazer uma colaboração judicial, ou delação premiada.

Essas contas na Suíça são um rastro evidente. O principal volume que abasteceu essas contas se deu nos governos José Serra e Gilberto Kassab.

Paulo Preto vinha sendo contido pelos tucanos. O seu advogado era o mesmo do senador Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB. Mas parece que fica cada vez mais difícil evitar que ele fale.

O operador é suspeito de ter intermediado dinheiro da propina para campanhas do PSDB, como a de Serra em 2010.

Os tucanos estão assombrados com a figura de Preto. O seu ressurgimento no noticiário coincide com o momento em que o PSDB busca alianças ao centro para as candidaturas de Geraldo Alckmin para a Presidência e de João Doria para o governo de São Paulo.

O fantasma de Paulo Preto ronda os tucanos paulistas, diz Vera.

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