Pela reforma da Previdência, Alckmin precisa arrancar compromissos de seus liderados
O Governo está otimista, mas está difícil a missão de convencer o PSDB, que segue em cima do muro, no que tange à reforma da Previdência. Eles exigem mais três mudanças na proposta já mais enxuta, mas o Governo não quer fazer mais mudanças no novo texto.
Fica difícil o partido fazer exigências que vão contra o que o Governo quer. O Governo ainda vai tentar conversa com Alckmin no sábado e reunir tucanos em reunião mais ampla na casa de Maia no domingo.
É difícil a situação com o PSDB, porque foi o primeiro partido a ficar do lado das reformas, mas agora está mais complicado na reforma da Previdência. Os tucanos seguem sendo as aves em cima do poleiro.
Reforma possível
A reforma possível é essa que concedeu algumas mudanças na regra de transição, tempo de contribuição, tirou da reforma a base da pirâmide e enfatizou o setor público, que é o que mais tem benefícios e privilégios hoje em dia. Ainda serão feitas algumas excepcionalidades para militares, mas Governo não quer mudar muito mais para não desconfigurar muito a reforma da Previdência.
O Governo fez esforço final e parece que está sendo bem-sucedido para diminuir desgastes com a sociedade, mas o estranho é que a resistência esteja vindo do partido que pode eleger um presidente no ano que vem.
Ministro da Fazenda
Henrique Meirelles está de corpo e alma nas negociações e, vendo esse impasse do PSDB, ele vai dando passos para admitir que ele próprio pode ser candidato. Ele admitiu de maneira um pouco mais clara que pode ser candidato se tudo der certo.
Para ser candidato, o ministro da Fazenda precisa da aprovação da reforma da Previdência.
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