PT tem estratégia jurídica confusa tanto no STF quanto no TSE
PT retira pedido de liberdade de Lula com medo que isso atrapalhasse registro de candidatura, e não tem nada de linear nesta estratégia.
Os advogados dizem, no pedido de retirada da análise da soltura, que nunca se pretendeu debater no STF a elegibilidade de Lula. Mas quem primeiro evocou a questão da candidatura foi a defesa do petista.
Agora, diante do pedido de Edson Fachin para que se analisasse a questão, a defesa pede para retirar a deixa a questão para ser analisada apenas no TSE.
O PT bate cabeça profundamente tanto no TSE quanto no STF em sua estratégia jurídica. Na tentativa de driblar a lei eleitoral e a decisão do Supremo sobre prisão após segunda instância, o PT começa a enfraquecer seus discursos.
Com os tribunais já “cansados” das tentativas, as chances são de que fique mais evidenciada a candidatura de Fernando Haddad para a Presidência pelo partido.
Além do desconforto dentro do PT, pela forma como foi conduzida a questão, algumas mágoas também foram mantidas dentro da sigla. A divisão, entretanto, é menos aparente, já que eles se mantém unidos em torno de Lula.
As mágoas mais aparentes são na esquerda, nos aliados do PT. O que o PT fez com Ciro Gomes deixou mágoas, e o pedetista deixa isso claro nas suas últimas declarações à imprensa.
Como se isso não fosse o suficiente, ainda houve, no fim de semana, a fala da presidente do PT de que Ciro poderia ser vice de Lula, o que desgastou ainda mais sua candidatura.
Os desconfortos ficam também no PCdoB, que retirou a candidatura de Manuela D’Ávila por intervenção do próprio ex-presidente Lula.
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