Recuo de Datena mostra que política não é para amadores

  • Por Jovem Pan
  • 10/07/2018 08h12
Reprodução Datena fez todo mundo pagar um mico considerável ao comparecer no anúncio de sua pré-candidatura e voltou ao seu programa

Datena foi mais um candidato outsider a recuar em sua entrada na política. Isso mostra que a política não é para amadores e nem equivalente a uma partida de vôlei ou programa de televisão. Significa renúncia pessoal, profissional e coisas que nem todo mundo está disposto.

A gente vive um paradoxo nesta campanha. É a campanha com mais clamor popular por renovação política e, por outro lado, menos pessoas dispostas a encarar esse rojão. Já tivemos Luciano Huck, Bernardinho e Datena.

O sistema eleitoral requer capacidade de negociação, de ceder, de abstrair da vida privada, da família. Estes que flertaram com a política se mostraram ineptos ao trabalho. Datena, por exemplo, jogava um jogo político de forma a estigmatizá-la, e isso acaba perpetuando um discurso deletério para a política.

Os políticos aprendem lição com isso também. Datena era “Cavalo de Troia” em que entrariam partidos e políticos tradicionais e assim surfariam na onda dele. Isso é inversão total de valores. Você viu, por exemplo, Geraldo Alckmin postar em redes sociais sobre o apresentador.

Datena fez todo mundo pagar um mico considerável ao comparecer no anúncio de sua pré-candidatura e voltou ao seu programa.

Para a disputa do PSDB e DEM, a coisa volta mais ou menos à estaca zero para a disputa pelo Senado em São Paulo. Assim fica aberta a disputa das duas cadeiras as quais o Estado tem direito.

Confira o comentário completo de Vera Magalhães:

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