Rever benefícios dos irmãos Batista pode ser didático
Em seu comentário no Jornal da Manhã desta quinta-feira (17), Vera Magalhães lembra o primeiro aniversário da divulgação do conteúdo da delação da J&F que comprometeu o governo de Michel Temer.
Vera também lembrou que o ministro do STF Edson Fachin autorizou rapidamente os acordos de colaboração e que o que veio à tona depois colocou em cheque o que foi homologado.
Além do famoso áudio de Temer no Jaburu, áudio entre os executivos da JBS Ricardo Saud e o próprio Joesley Batista mostrou que eles contaram com a ajuda do ex-procurador Marcelo Miller.
O ex-procurador-geral Rodrigo Janot pediu a prisão do ex-auxiliar, que deixou a PGR para atuar no escritório que fazia a defesa da J&F. A Procuradoria pediu depois a anulação dos acordos, que incluíam até o perdão judicial aos irmãos Joesley e Wesley Batista.
“Talvez seja didático e profilático que o STF reveja essas benesses, puna os irmãos batista e tenha mais critérios na concessão de benefícios para delatores”, opino Vera Magalhães.
“Tem que manter isso, viu?”
É nesta quinta que lembramos um ano da eclosão do escândalo da J&F, quando vieram à tona os termos da conversa nada republicana do presidente Michel Temer com o empresário Joesley Batista. Como sustentou a PGR, Temer teria tentado comprar o silêncio de Eduardo Cunha na cadeia.
Duas denúncias foram impetradas na Câmara contra o presidente da República, mas ambas foram arquivadas, por meio de um fisiologismo explícito: cargos, emendas e benesses a partidos negociados.
A popularidade de Temer foi a praticamente a zero e os que reprovam seu governo nunca deixaram de ser menos de 70%.
Neste aniversário da delação, Temer chega como pré-candidato praticamente inviável à própria sucessão, além de ser um cabo eleitoral “tóxico”, do qual todos do MDB querem se afastar.
Assista ao comentário completo de Vera Magalhães ao Jornal da Manhã:
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