Troca de comando é tentativa de mudar modus operandi da Polícia Federal
O delegado Fernando Segóvia foi anunciado nesta quarta-feira (08) como substituto de Leandro Daiello no comando da Polícia Federal. A troca, entretanto, vem despertando a discussão sobre a indicação do novo chefe da PF.
Tem que observar os atos de Governo pelo que eles intencionam e depois verificar se eles têm êxito. A intenção do Governo fica clara: é de mudar o que vinha sendo feito na Polícia Federal na gestão de Leandro Daiello. Foi o período em que floresceram grandes operações de repercussão, entre elas a Lava Jato, Zelotes, Acrônimo, Greenfield e outras.
A intenção é mudar o modus operandi. É uma indicação avalizada por políticos de alguém que não estava no radar para a substituição.
Segóvia teve indicação do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e isso não é trivial, já que ele é alvo de diversas acusações. Além disso, teve aval de setores do PMDB no Congresso e já foi superintendente da PF no Maranhão e já tem ligações com a família Sarney. É um DNA peemedebista no momento em que o PMDB está envolvido na Lava Jato.
Uma coisa é o Executivo fazer indicações no STF ou MPF, outra coisa é a mão grande do Governo sobre a PF que é um órgão subordinado ao Ministério da Justiça.
Temos que observar muito de perto a partir de agora os trabalhos da Polícia Federal.
Confira o comentário completo de Vera Magalhães:
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