Vera: Bolsonaro se aproxima de ‘velha política’ e já paga o preço por indicação do filho para embaixada
Ao elencar a indicação de seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) como uma de suas prioridades atualmente, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) se afasta, cada vez mais, do seu discurso de campanha eleitoral e começa a praticar o que chama de “velha política”. Se durante a aprovação da reforma da Previdência em primeiro turno o presidente já utilizou velhas práticas para conseguir que o projeto passasse, com a aprovação de emendas parlamentares, ele, agora, começa a pagar o preço por querer ver seu filho na embaixada do Brasil nos Estados Unidos.
Nos próximos dias, Bolsonaro vai permitir que o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-RJ), indique dois dos quatro conselheiros necessários ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Economica), órgão importante do governo, por antes passam processos importantes para grandes empresas, como fusões, aquisições, questões sobre monopólio e cartel, entre outros.
Isso porque é o Senado, com o auxílio de Alcolumbre, quem tem que aprovar a ida de Eduardo aos Estados Unidos. Com isso, Bolsonaro demonstra que está disposto a tudo para colocar o filho onde quer: no final de semana, inclusive, disse que se a Casa barrar a ocupação do cargo por Eduardo, ele pode demitir o atual ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, para colocar o filho no lugar, tornando-o dessa forma não um embaixador, mas o líder de “mais de 200” deles.
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