Vera: Bolsonaro tende a ceder pressão de policiais e desidratar ainda mais a Previdência
Sensível à categorias ligadas a área de Segurança Pública, como militares e policiais, há grandes chances de que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) ceda às pressões dos policiais civis e federais para serem incluídos na proposta de reforma da Previdência ligada às Forças Armadas. Nesta terça-feira (2), o chefe do Executivo foi alvo de protestos desses trabalhadores, que, aos gritos de “Bolsonaro traidor!” foram, inclusive, apoiados por alguns membros do próprio PSL.
Informações do Painel da Folha adiantam, inclusive, que Bolsonaro já aceitou aos pedidos do policiais. O presidente teria telefonado para o líder do governo na Câmara dos Deputados, Vitor Hugo, e para o próprio relator da reforma da Previdência, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) para pedir pessoalmente que ele mude a inclusão da categoria para as regras especiais previstas para militares, policiais militares e bombeiros.
O parecer votado ontem por Moreira estabelece que os policiais civis e federais se aposentem com 55 anos. Já os PMs, bombeiros e membros das Forças Armadas fazem parte de um texto à parte, com regras especiais. Dessa forma, federais e civis pedem para serem incluídos no regime mais flexível, o que pode desidratar ainda mais a nova Previdência, ameaçando a economia prevista ontem em mais de R$ 1 trilhão.
Professores
Anteriormente, o relator já cedeu e alterou as regras para as professoras, que passam a poder se aposentar com 57 anos, a menor das idades mínimas entre todos os servidores públicos. Para mulheres em geral, a idade é de 60 anos, enquanto a de homens professores também é 60 e a de homens em outras funções, 65.
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