Vera: Com rejeição da ‘nova CPMF’, reforma tributária do governo fica em banho-maria
Enquanto duas propostas de reforma tributária criadas por parlamentares já tramitam na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, o projeto do governo federal ainda não saiu do papel. Lançando uma proposta ou outra a conta gotas e sem nada oficial, a gestão de Jair Bolsonaro (PSL) faz uma espécie de balão de ensaio para sentir quais medidas podem ser bem aceitas ou não pelo Congresso Nacional, pelo interior do governo e pela sociedade.
Atualmente, o principal entrave é a possível volta da CPFM (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). Até o momento, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, tem apoiado a ideia. Por outro lado, Bolsonaro ainda não conseguiu decidir o que fazer sobre o novo imposto.
Nos últimos dias, a moda nas redes sociais tem sido resgatar tuítes antigos de ministros, membros do governo e do próprio presidente, que esbravejavam contra a CPFM na época em que ela foi extinta. Entre postagens de Flávio Bolsonaro e Onyx Lorenzoni, a que ficou mais famosa foi a do próprio Jair Bolsonaro, feita na época da campanha eleitoral do ano passado, em que ele diz que a volta do tributo em seu governo era uma mentira.
Enquanto a equipe econômica decide o que fazer, no entanto, membros do Senado e da Câmara articulam a possibilidade de unir suas propostas em um único texto. Se o governo demorar muito para decidir o que fazer, pode ser atropelado e chegar muito atrasado para fazer as alterações que deseja no parlamento.
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