Vera: Enquanto Bolsonaro trabalhou pelo fracasso, Marinho e Maia garantiram aprovação da Previdência

  • Por Jovem Pan
  • 05/07/2019 08h04 - Atualizado em 05/07/2019 08h56
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Dida Sampaio/Estadão Conteúdo Presidente chegou a dizer que R$ 1 bilhão a menos para ajudar policiais não importava

Nesta semana, com o avanço da tramitação da reforma da Previdência e a aprovação de seu texto-base na comissão especial da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (4), a ideia de que os membros do Congresso Nacional estariam trabalhando para barrar as reformas do governo caiu por terra. Enquanto o próprio presidente Jair Bolsonaro (PSL) trabalhava contra a proposta, atuando, desde terça-feira (2), para enfraquecer a reforma com ligações e entrevistas defendendo regras mais amenas para a categoria policial, o secretário da Previdência, Rogério Marinho, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), brilharam.

Durante a semana, Bolsonaro chegou a dizer que “R$ 1 bilhãozinho para meus policiais não vai mudar muita coisa na reforma”, jogando fora o discurso do governo de que o projeto combatia privilégios , abrindo espaço para futuros lobbys de juízes, procuradores da República, promotores, auditores ficais e todas as categorias de servidores públicos.

Em resposta, Maia segurou uma articulação muito fina e precisa com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que tomou uma decisão muito sábia: ficar de fora nesses últimos dias, evitando confrontos com o objetivo de garantir a nova Previdência. Ele resistiu bravamente ao lobby de Bolsonaro e colocou Marinho na frente, fazendo a articulação política, atitude muito acertada.

Com postura firme, Marinho fez reuniões com a categoria e esteve presente nos momentos mais tensos da negociação, fechando uma boa parceria com Maia. A dupla se tornou a responsável pela vitória da Previdência nesse primeiro estágio.

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