Vera: Governo mantém distância, mas analisará impacto de protestos
As manifestações estão marcadas para domingo (26). Ministros e deputados seguiram a recomendação do presidente Jair Bolsonaro de manter certa equidistância dos protestos. Pelo menos, por ora, nenhum disse que comparecerá, mas os parlamentares, sobretudo do PSL, continuam ativos na convocação das pessoas às ruas. O tom caiu, mas ainda estão ativos.
O líder do Governo no Senado, Major Olímpio, utiliza suas redes sociais para convocar a população às ruas. Ele, inclusive, usou postagem no Twitter para dizer que a conclamação para os protestos seria uma das razões para tirar um jabuti instaurado em uma MP.
Mas a manifestação ainda divide o PSL e partidos do Centrão e próximos da base. A deputada Janaina Paschoal fez nova postagem com espécie de desafio para que se entreviste deputados que estão convocando para protestos e se questione se eles são a favor de uma reforma da previdência global. Ela disse que muitos deles não são a favor da reforma.
O tom geral dos protestos pode ditar o trâmite na próxima semana em Brasília. Não faço exercício de futurologia. Será feita uma análise para saber os organizadores, as pautas reivindicadas. A pauta pode ser pulverizada nas ruas e, por isso, podem não ser controláveis.
A depender do tom, isso terá impacto no Congresso e no STF. Se as manifestações forem significativas, o Governo pode reforçar uma retórica que foi mitigada de que Bolsonaro é uma espécie de escolhido para implementar sua pauta e que resta ao Congresso seguir a agenda.
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