Vera: Legislativo e Executivo precisam parar competição e trabalhar juntos
Desde que o ministro da Economia, Paulo Guedes, reclamou do relatório da reforma da Previdência apresentado na Câmara dos Deputados, a disputa entre as agendas de econômicas do Executivo e do Legislativo tem se agravado. Na época, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não gostou da declaração do ministro – que lhe pareceu como um insulto à liberdade dos parlamentares de alterar projetos – e pisou fundo nas suas próprias pautas de reformas.
Apesar de o ideal ser que os projetos de ambos sejam complementares, a partir desse episódio, uma espécie de concorrência foi criada. Maia começou a tocar, por exemplo, seu plano com o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para alavancar a economia brasileira. Juntos, eles já aprovaram a proposta de reforma tributária na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e possuem planos posteriores.
Enquanto isso, Guedes desistiu de esperar a aprovação da nova Previdência, como previsto, e começou a acelerar sua agenda. Na segunda-feira (24), o ministro apresentou seu plano para baratear o preço do gás. Outras propostas, como a de recuperação dos estados e municípios, também devem surgir em breve.
Sobre a próxima pauta principal, que deve ser a de reforma tributária, o ideal e mais racional era que o governo tentasse embarcar na já em tramitação na Câmara dos Deputados e defendida por Maia e Alcolumbre. Agora é esperar para ver se os poderes conseguem se alinhar, o que seria melhor para o país, ou se a competição continua.
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