Vera Magalhães: Analisar desempenho de Bolsonaro a partir de ‘torcidas’ é algo raso e prematuro
Na noite desta terça-feira (28), o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, participou de sabatina no Jornal Nacional, da Rede Globo.
Existe um mecanismo engraçado neste tipo de entrevista. Quem tem opinião formada, vai a esses programas na expectativa de confirmá-la. Se ele tenta “lacrar” em outra pergunta, apoiadores se colocam a defendê-lo.
Em análise fria e decantada eu repito algo que disse no “3 em 1”, é impossível alguém se sair totalmente bem em um tipo de sabatina como essa. A sabatina teve confrontos e Bolsonaro resolveu ir pra cima e devolver na mesma moeda. Para seus apoiadores, a atitude do candidato é vista como um afrontamento na casa da Globo.
Mas, entre os indecisos, maior contingente de voto em disputa, nem tudo ficou claro.
Bolsonaro foi bem nos assuntos em que é testado habitualmente e mal em seu “calcanhar de Aquiles”, que é sobre o que tange às mulheres. Bolsonaro tentou constranger a jornalista Renata Vasconcellos na hora de insinuar que ela deveria ganhar menos que William Bonner.
Convido ouvintes e internautas a pensarem fora da bolha sobre como foi o desempenho de Bolsonaro. É prematuro e raso analisar o desempenho do candidato a partir de torcidas organizadas.
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