Vera Magalhães: Bolsonaro defende reforma da Previdência, e dá sinais ambíguos sobre imprensa
Jair Bolsonaro passou a defender mais abertamente uma reforma da Previdência e talvez até mesmo a proposta de Michel Temer. Algumas coisas começam a ficar mais evidentes. Essa defesa incondicional de Bolsonaro ficou ainda mais explícita depois da eleição.
Ele esperou se confirmar sua vitória para defender publicamente algo que Paulo Guedes já defendia: que se aprove inteiramente ou em parte a reforma da Previdência que já tramita no Congresso. Entretanto, Onyx Lorenzoni, futuro ministro da Casa Civil, fala que a reforma é um “remendo”.
Se isso ocorrer, podemos ter um fim de ano movimentado no Congresso, ao contrário do que pensávamos neste ano.
Bolsonaro também sinalizou que é favorável à PEC do Teto de Gastos, e prometeu corte em pequenos gastos do Governo em uma reforma administrativa. Mas a proposta é muito residual perto do enorme corte de despesas que o Governo precisa fazer frente ao déficit na dívida pública.
Sinais ambíguos sobre a imprensa
Bolsonaro voltou a ser cobrado sobre compromissos democráticos. Na entrevista à Record, ele fez um aceno e disse que governará para todos e que terá atitude respeitosa com a oposição. Ele se comprometeu também com as liberdades.
Na entrevista seguinte, ao Jornal Nacional, ele já foi assertivo nas questões sobre governo e estado democrático, as menos incisivo na questão da liberdade de imprensa. Ele voltou a fazer ataques ao jornal Folha de S. Paulo, e que usaria verba oficial para veículos que “falassem a verdade”.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.