Vera Magalhães: Corporações resistem a mudanças em Brasília
Os jornais dão conta de uma espécie de rebelião na Fazenda que levaria à entrega coletiva de cargos, há ainda um mal-estar com espaço dado aos militares no Governo de Jair Bolsonaro. Os nervos estão a flor da pele? Um pouco.
Há uma resistência corporativa à mudança de ventos em Brasília. Ela ocorre na Fazenda e procuradores estão se rebelando contra alguém que não é da carreira para assumir a Procuradoria da Fazenda.
O órgão é muito corporativista e sempre tiveram a garantia de manutenção de poder. Entretanto, Paulo Guedes indicou o atual presidente do BNDES para assumir a presidência do órgão.
O mesmo ocorre no Itamaraty. Os diplomatas mais antigos se sentiram preteridos com a chegada de Ernesto Araújo para o cargo de chanceler. É uma nova geração que toma lugar de geração intermediária e que agora teme ficar no limbo até aposentadoria que será muito tardia.
Eles teriam período de limbo longe dos postos mais cobiçados por bastante tempo. Existe temor de que Bolsonaro abra outros cargos de designação no exterior para pessoas de fora do quadro atual do Itamaraty.
No caso dos militares, são os políticos incomodados com a proeminência dada a aqueles. Políticos dizem que a presença de militares podem ser considerados ruídos para o presidente eleito.
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