Vera Magalhães: Enquanto Bolsonaro segue internado, articulação política engatinha no Congresso
O presidente Jair Bolsonaro teve pneumonia e alta sem previsão. A ausência dele impacta muito. A parte política do Governo e sua família venderam, quando ele fez a cirurgia, que a recuperação seria muito rápida e que ele passaria a despachar dois dias após a intervenção. Mas isso não se efetivou.
Já faz quase duas semanas que o presidente realizou a cirurgia e a recuperação segue lenta – o que é normal. Agora, ele apresenta quadro de pneumonia, que também é decorrente do período de internação.
Isso se impacta porque ficou decidido que o vice assumiria a Presidência por apenas um ou dois dias. Todo o fluxo de trabalho que Jair Bolsonaro teria, segundo sua equipe, não pôde ser efetivado em razão de intercorrências da saúde.
Mesmo a data de entrega do projeto de reforma da Previdência ao Congresso foi adiada por conta da internação do presidente.
Isso tudo se deve muito a uma desconfiança entre o time mais próximo do presidente e o vice Mourão. Mas isso leva a uma paralisia de diversos setores do Governo.
Votação da reforma
O líder do Governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL), ainda patina na articulação para aprovar o projeto de reforma da Previdência.
Congressistas dizem que ele não possui traquejo para conduzir a articulação e passa a ser boicotado, inclusive, por nomes de seu partido.
Há um Governo novo e a articulação política é brecada por essas circunstâncias.
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