Vera Magalhães: Já passou da hora de tirarem Fabrício Queiroz da moita
O caso do ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz começa a virar espécie de novelo, e que se puxa um pedaço de lã e mais aparece. Tem agora a revelação de um assessor parlamentar que despachava de Portugal. O problema quando as histórias ficam sem explicação é que a imprensa vai atrás.
Um dos assessores que depositaram dinheiro na conta de Fabrício Queiroz passou 248 dias de um total de 400 em Portugal. Ele não tirou licença, recebeu adicionais e não deixou de receber seus vencimentos. Questionado, Flávio Bolsonaro negou que ele tivesse sido um funcionário fantasma e que os depósitos foram pontuais. O filho do presidente eleito lembrou ainda que não é investigado.
Os fatos vão cobrando uma resposta. Por que Fabrício movimentou mais de R$ 1 milhão em um ano? Por que outros funcionários faziam depósitos sistemáticos na mesma conta do assessor?
Tudo isso requer resposta, porque é uma prática bastante condenada pela família Bolsonaro ao longo do tempo. Eles também se notabilizaram e defenderam uma comunicação mais direta com o eleitor. Então é preciso que isso seja feito.
Já passou da hora de tirarem Fabrício Queiroz da moita para que ele se explique.
Aliados começam a cobrar explicações
Nesta quarta-feira (12), dois aliados cobraram explicações. Janaína Paschoal fez longa consideração a respeito de casos de parlamentares que pegam fatias de salários de seus assessores e que isso não é algo que se deve relevar.
Ela não fez nenhuma referência explícita, mas ficou claro a que ela se referia.
O outro aliado a se pronunciar foi o vice-presidente eleito, general Mourão, que disse que será burrice ao cubo se o caso for de “caixinha”.
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