Vera Magalhães: ‘Militares não querem estigma de ameaça pairando sobre Forças Armadas’
A comunicação do governo precisa urgentemente ser institucionalizada e profissionalizada. O presidente tem optado por essa comunicação direta com seus eleitores, por meio de posts no Twitter, através de transmissões ao vivo como a desta quinta (7) e também com discursos de improviso.
Mas isso, no entanto, tem causado ruídos a ponto de o vice-presidente da República ter se tornado uma espécie de ventríloquo do presidente, traduzindo aquilo que ele quis dizer. Aconteceu isso na semana passada, quando ele entregou a jornalistas de bandeja a idade mínima de aposentadoria para mulheres, dizendo que poderia cair de 62 para 60 anos, o que causa uma mudança brusca nos cálculos da equipe econômica para a reforma.
Foi assim também no episódio do vídeo com cenas escatológicas que ele divulgou durante o Carnaval e na fala de ontem sobre o papel das Forças Armadas na democracia. Ele voltou a público para tentar consertar a declaração porque ela provocou ruído de novo.
Os militares não querem que esse estigma continue pairando sobre eles, de serem eles ameaças ou de únicos fiadores da democracia.
Veja o comentário completo no vídeo:
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