Vera Magalhães: Moro e Guedes têm propostas ambiciosas, mas que sofrerão pressões internas e externas
Nesta segunda-feira (04), o ministro Sergio Moro apresentou um pacote de medidas de combate à corrupção e ao crime organizado. No mesmo dia, uma minuta tratando da reforma da Previdência ficou conhecida pela imprensa.
Foi como se passado um mês de gestão, o Governo ele tivesse tido uma segunda inauguração, porque as duas principais propostas legislativas foram conhecidas no mesmo dia. A do ministro Moro com alterações em 14 leis no combate ao crime organizado e crimes de corrupção oficialmente e a da reforma da Previdência, de Paulo Guedes, através de uma minuta final.
Elas têm em comum o fato de serem propostas ambiciosas e de que vão enfrentar dificuldades no Congresso. Nem uma e nem outra terão vida fácil.
No caso da reforma da Previdência, os parlamentares podem ser convencidos pelo Governo de sua necessidade, mas fora do Congresso Nacional a pressão ocorrerá. Há que se ter estratégia definida para enfrentamento político neste caso.
Entretanto, há muita dúvida ainda sobre a aprovação de Jair Bolsonaro sobre uma proposta mais dura. Ele falava de idade bem abaixo dos 65 anos unificados para a aposentadoria.
Aí já começam ruídos. O vice-presidente, Hamilton Mourão, disse que o presidente ao endossa a medida. Por sua vez, o ministro Paulo Guedes defende a unificação das idades mínimas e tenta a tática do “o não eu já tenho”.
Sobre a proposta de Moro, a pressão será vista no Congresso. Ao contrário da reforma da Previdência, Moro conta com o vento a favor vido da sociedade civil. Ele irá enfrenta a proposta e deve contar com a pressão das ruas em cima do Legislativo.
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