Vera Magalhães: Se depender dos aliados, Bolsonaro não participará de debates
Dois dos principais coordenadores de campanha de Jair Bolsonaro (PSL) afirmaram que o candidato não deveria ir nem mesmo ao debate da Rede Globo, que costuma ser o de maior audiência. Isso seria inédito. Não aconteceu em nenhum segundo turno. A se confirmar esse desejo de aliados e conselheiros, se Bolsonaro não for a nenhum debate isso será inédito.
As razões são as avaliações médicas. Mas aliados já admitem que isso não é apenas ordem médica, mas sim uma espécie de estratégia para se manter à frente das pesquisas.
Nesta terça, Fernando Haddad e Bolsonaro ensaiaram um debate via Twitter com ataques de ambos os lados. O petista pediu, novamente, um debate entre os dois. Enquanto isso, Bolsonaro quer administrar o resultado até a eleição.
O que resta a Haddad
Muito pouco. Eles mostram que estão ficando sem munição. A campanha de Haddad fez aposta ousada e levou ao ar depoimento de militante que relata tortura sofrida por ela nas mãos do coronel Ustra, frequentemente citado por Bolsonaro.
Esse tom mais alarmista e mais de ataques a Bolsonaro deve ser mantido na campanha nos próximos dias. Mas esse tipo de ataque contra Bolsonaro não tem sido eficaz. No primeiro turno, Geraldo Alckmin (PSDB) tentou o mesmo, mas ocorreu o oposto a uma rejeição ao nome do PSL.
O PT parecer ter uma estratégia de correr contra o tempo, mas pouco eficaz diante do que foi analisado no primeiro turno.
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