Vera: Senado deve priorizar Previdência e não pacto federativo
Desde que a reforma da Previdência chegou ao Senado Federal, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e outras lideranças vincularam sua tramitação a aprovação de um pacto federativo com emendas e projetos de lei que atenderiam interesses dos Estados, condicionando a votação da proposta a esses projetos.
As conversas acabaram envolvendo a Câmara dos Deputados, que visa entrar nos pactos para angariar recursos para os municípios, e a disputa entre as casas foi sendo cozinhada desde então até explodir, nesta terça-feira (1º), durante a aprovação da reforma em primeiro turno no Senado, quando o senador Cid Gomes (PDT-CE) fez acusações ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e à Arthur Lira (PP-AL). Tudo pelo cálculo da divisão dos recursos.
Essa discussão pode ser um entrave na votação do texto em segundo turno, programado para acontecer no Senado na semana que vem. Podem acontecer indisposições, apesar de serem desnecessárias, uma vez que o governo já aceitou esses acordos, só falta acertar os procedimentos e os valores. Por isso, os senadores fariam um bom trabalho se encerrassem a votação e, aí sim, sentassem com o governo para decidir os últimos detalhes.
Não é justo condicionar os acordos com a votação da reforma da Previdência, que é um tema tão fundamental para o país neste momento.
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