Viena é palco de beijaço contra expulsão de casal lésbica de um café

  • Por Agencia EFE
  • 16/01/2015 19h28
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Viena, 16 jan (EFE).- A expulsão de um casal de lésbicas de um café no último dia 6 por se beijarem em público foi respondida nesta sexta-feira com um beijaço na porta da loja como forma de protesto contra a homofobia e a discriminação.

“Demonstração de carinho em público não deveria ser crime” denunciaram os organizadores de um protesto convocada sob o título “Beijaço no Prückel”, o nome do restaurante.

O protesto ultrapassou a denúncia do episódio no Prückel para se transformar em um ato “pela igualdade e contra a discriminação”. Milhares de pessoas, segundo os organizadores, duas mil segundo a polícia, se concentraram na frente do local, um clássico e elegante café localizado na parte histórica da cidade, e que hoje colocou de surpresa o cartaz de “fechado para descanso”.

“Não é certo que os casais homossexuais não possam se beijar em público”, disse em declarações à Efe uma universitária, identificada apenas como Anna, que participou do protesto com sua namorada.

Em sua opinião, a presença de um grande número de participantes no protesto é um passo positivo, já que “a visibilidade sempre influi” na evolução da sociedade.

Já o aposentado Ewald participou para “assumir uma posição pela igualdade de direitos”.

“A Áustria continua sendo um país muito conservador”, criticou este cidadão de 68 anos que estava acompanhado pela mulher e a filha e que criticou a falta de iniciativa dos políticos pela igualdade de direitos, especialmente do ultranacionalista FPÖ.

O casal vítima do episódio subiu ao palco montado pela organização para explicar novamente como aconteceu a expulsão, com direito a muitos insultos.

Anastasia López, uma das vitimas, lembrou que tinha entrado com sua namorada no restaurante para tomar um chá e que após se cumprimentarem com um beijo o garçom disse que não podiam fazer aquilo. Posteriormente, uma funcionária do local utilizou o termo “asqueroso” e “próprio de um bordel” para se referir ao beijo.

“O que aconteceu com a gente acontece todos os dias com várias pessoas em toda a Áustria e no mundo”, denunciou Anastasia. EFE

as/cdr

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