Viena é palco de beijaço contra expulsão de casal lésbica de um café
Viena, 16 jan (EFE).- A expulsão de um casal de lésbicas de um café no último dia 6 por se beijarem em público foi respondida nesta sexta-feira com um beijaço na porta da loja como forma de protesto contra a homofobia e a discriminação.
“Demonstração de carinho em público não deveria ser crime” denunciaram os organizadores de um protesto convocada sob o título “Beijaço no Prückel”, o nome do restaurante.
O protesto ultrapassou a denúncia do episódio no Prückel para se transformar em um ato “pela igualdade e contra a discriminação”. Milhares de pessoas, segundo os organizadores, duas mil segundo a polícia, se concentraram na frente do local, um clássico e elegante café localizado na parte histórica da cidade, e que hoje colocou de surpresa o cartaz de “fechado para descanso”.
“Não é certo que os casais homossexuais não possam se beijar em público”, disse em declarações à Efe uma universitária, identificada apenas como Anna, que participou do protesto com sua namorada.
Em sua opinião, a presença de um grande número de participantes no protesto é um passo positivo, já que “a visibilidade sempre influi” na evolução da sociedade.
Já o aposentado Ewald participou para “assumir uma posição pela igualdade de direitos”.
“A Áustria continua sendo um país muito conservador”, criticou este cidadão de 68 anos que estava acompanhado pela mulher e a filha e que criticou a falta de iniciativa dos políticos pela igualdade de direitos, especialmente do ultranacionalista FPÖ.
O casal vítima do episódio subiu ao palco montado pela organização para explicar novamente como aconteceu a expulsão, com direito a muitos insultos.
Anastasia López, uma das vitimas, lembrou que tinha entrado com sua namorada no restaurante para tomar um chá e que após se cumprimentarem com um beijo o garçom disse que não podiam fazer aquilo. Posteriormente, uma funcionária do local utilizou o termo “asqueroso” e “próprio de um bordel” para se referir ao beijo.
“O que aconteceu com a gente acontece todos os dias com várias pessoas em toda a Áustria e no mundo”, denunciou Anastasia. EFE
as/cdr
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