Votação final do impeachment deve ocorrer durante as Olimpíadas
O comentarista Fernando Rodrigues fala sobre a possível data da votação do impeachment no Senado. Tudo indica que na segunda quinzena de agosto, o Senado deve liquidar o processo sobre o afastamento da presidente Dilma Rousseff.
Nesta segunda-feira (06), o presidente da comissão do impeachment recuou e manteve o prazo original para alegações finais. De maneira amena, concluiu-se que deveria ser seguido o relatório inicial. Com isso, as fases do processo se arrastam até, mais ou menos, fim de julho.
Nos dias 1º e 2 de agosto deve ser votado relatório e meados de agosto a votação final no Senado federal. A data, no entanto, depende da análise de Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal.
O comentarista destaca ainda que a data que se ouviu em Brasília é de que dia 17 de agosto, uma quarta-feira, o Congresso vote o impeachment da petista. Até o final de agosto, salvo intercorrências, o Senado vota de maneira definitiva o impedimento. A data coincide com a realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro.
Fernando Rodrigues ressalta ainda o impacto sobre a abertura de um segundo inquérito contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG). “Esses escândalos atingem a gente de todo o espectro político”, diz.
É impossível que algum partido escape de ter políticos envolvidos em denúncias, destaca Rodrigues. Ele atenta também para a renovação de políticos por conta das denúncias e a renovação para as eleições municipais.
“Há uma redução dos políticos tradicionais de colocarem seu voto para escrutínio da população”, diz. “Estão tomando uma decisão de pararem de se expor, porque sabem que teriam dificuldade de conseguir uma vitória”, completa.
A abertura do segundo inquérito contra o tucano, segundo Rodrigues, é muito emblemático, para nos mostrar como as investigações vieram para ficar e esclarecer o envolvimento de tantos políticos citados. Fernando Rodrigues destacou que o presidente nacional do PSDB também deve ter, assim como qualquer acusado, o benefício da dúvida, mas deve prestar contas à Justiça.
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