CPI do MST vai investigar LeftBank, fintech de ex-deputado do PT
Deputados querem investigar financiamento dos sem-terra por meio da captação de recursos no mercado financeiro; em 2 anos, grupo de invasores teria levantado cerca de R$ 42 milhões
FOTO: MARCELO JUSTOSEx-presidente da Câmara, Marco Maia criou o LeftBank
A CPI do MST aprovou em bloco há pouco 21 requerimentos que podem promover um avanço significativo na investigação parlamentar após recesso. Um deles trata de pedido ao Banco Central para o fornecimento de documentos e informações referentes à fintech LeftBank Serviços Financeiros e Crédito, criada pelo ex-deputado petista Marco Maia. O colegiado suspeita de envolvimento da entidade com os sem-terra, que passaram a atuar no mercado financeiro em anos recentes. Em outro requerimento, também foi aprovada a convocação de ex-dirigentes da Crehnor Sarandi, liquidada pelo BC por problemas de gestão. A cooperativa financeira, que atuava com crédito agrícola no Rio Grande do Sul, tinha uma carteira de R$ 30 milhões.
A Crehnor foi uma das parceiras do MST, assim como o Grupo Gaia e o Finapop, que captam recursos junto a investidores. Até o ano passado, a captação do grupo de invasores junto ao mercado chegou a R$ 42 milhões.
O colegiado aprovou solicitação ao Incra da relação de todos os processos administrativos de criação de projetos de assentamento realizados até hoje, e as apurações de irregularidades já identificadas pela Controladoria-Geral da União e pelo Tribunal de Contas da União sobre a reforma agrária. Também aprofundará as investigações sobre invasões recordes na Bahia, com pedido de informações à Secretaria de Segurança estadual e ao Comando da Polícia Militar. A CPI também aprovou a requisição de servidores de órgãos externos à Câmara dos Deputados para reforçar a equipe técnica.
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