Exército sob Lula deve aprofundar parceria militar com chineses

Missão exploratória foi à China avaliar a aquisição, entre outras coisas, de mísseis antiaéreos, tanques, radares tridimensionais e aeronaves remotamente pilotadas; venda de ambulâncias para Ucrânia foi vetada

  • Por Claudio Dantas
  • 03/07/2023 17h40 - Atualizado em 03/07/2023 17h55
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Ricardo Stuckert/PR/Divulgação Lula e Xi Jinping Lula cumprimenta Xi Jinping durante visita à China

Uma comitiva do Escritório de Projetos Especiais do Exército Brasileiro foi à China dias atrás, com o objetivo de conhecer equipamentos que possam ser produzidos no Brasil em conjunto com empresas brasileiras. A missão teria partido articulada por Celso Amorim, assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência e ex-ministro da Defesa, com a anuência de José Múcio, atual responsável pela pasta. 

Segundo uma fonte do Planalto, o governo Lula deve priorizar a parceria militar com os chineses, reduzindo aquisições de Israel, um dos principais fornecedores militares. Entre as tecnologias prioritárias estão mísseis antiaéreos, artilharia sobre rodas, sistemas de radiocomunicação definidos por software, aeronaves remotamente pilotadas, radares tridimensionais e tanques de guerra sobre lagarta.

A missão militar é autorizada pouco depois de o Itamaraty impedir a venda para a Ucrânia de 450 blindados Guarani, transformados em ambulâncias. Em relatório sem qualquer fundamentação técnica, o Departamento de Assuntos Estratégicos, de Defesa e de Desarmamento, do MRE, avaliou que o negócio de R$ 3,5 bilhões poderia comprometer o fluxo de fertilizantes e insumos para fertilizantes da Rússia para o Brasil, prejudicando a produção agrícola.

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