O que Tarcísio quer mudar na reforma tributária

Governador de São Paulo pediu ao relator da reforma tributária que reavalie os critérios de distribuição de recursos do chamado Fundo de Desenvolvimento Regional e questionou a gestão do IBS por um conselho externo

  • Por Claudio Dantas
  • 03/07/2023 16h15
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Reprodução/Jovem Pan News tarcisio-de-freitas-nova-york-entrevista-marcelo-mattos-reproducao-jovem-pan-news Em Nova York, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) deu entrevista exclusiva ao repórter Marcelo Mattos

Na reunião que teve no sábado com o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), o governador Tarcísio de Freitas expôs sua contrariedade em relação, essencialmente, aos seguintes pontos da reforma tributária: a criação de um Conselho Federativo, que teria atribuição de gerir uma câmara de compensação do IBS (ISS+ICMS) e a partilha dos recursos do fundo de desenvolvimento regional, além de critérios de governança para o órgão. Tarcísio também fez sugestões para o tratamento da transição tributária e para o transporte entre regiões metropolitanas.

“Passamos para o relator no sábado, que ficou de trabalhar no texto. Estamos aguardando. Nossas sugestões são pontuais e entendo que perfeitamente factíveis”, disse Tarcísio à Jovem Pan News. Em relação ao Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR), o problema é que a proposta original prevê que a União aporte cerca de R$ 40 bilhões, mas São Paulo só teria acesso a R$ 1 bilhão. Segundo o governador, o estado também precisaria desse dinheiro, pois tem o segundo maior número de beneficiários do Bolsa Família. Ele defende que o percentual de beneficiários seja usado como um dos critérios para a distribuição dos recursos. Nesse caso, proporcionalmente, São Paulo teria R$ 6 bilhões.

Sobre o Conselho Federativo, que terá atribuição de gerir a arrecadação do novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que unificará ISS e ICMS, Tarcísio alega que a transferência do tributo recolhido em São Paulo para um órgão externo faria o estado perder autonomia sobre sua própria arrecadação. A ideia original é que um estado não fique devendo ao outro, uma vez que o imposto arrecadado durante as etapas de produção seria descontado e depois redistribuído às unidades da federação envolvidas.

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