Servidores da Caixa tentam segurar presidente, que entrou na mira do Centrão
Nome que vem sendo considerado para o lugar da atual presidente da Caixa é o de Gilberto Occhi, que já presidiu a instituição nos governos Dilma e Temer; ele tem o apoio de Arthur Lira, mas Ciro Nogueira resiste
Várias associações de funcionários da Caixa assinam hoje uma nota pública conjunta de apoio a Maria Rita Serrano, que preside o banco e entrou na mira do Centrão. No texto, as entidades manifestam apoio e elogiam as “ações de fortalecimento que vêm sendo empreendidas pela atual gestão, especialmente no que diz respeito à melhoria do clima organizacional”. “A capacidade de a empresa dar as respostas e prestar os serviços, cada vez mais, demandados pela sociedade brasileira, requer estabilidade e continuidade de projetos estratégicos de médio e longo prazo, o que contribui decisivamente com os resultados e a qualidade dos serviços prestados”, diz a nota, que também fala em preocupação com a exposição do banco “a interesses sem compromisso com a empresa e com o povo brasileiro”.
Trata-se de um recado claro a Lula, que considerou trocar a gestora no âmbito das negociações para aprovação da reforma tributária e do PL do Carf. A avaliação no Palácio do Planalto é de que Serrano faz uma gestão para dentro e não teria ainda compreendido o papel político do banco. Agora à tarde, ela participa de evento de sanção do decreto do novo Minha Casa, Minha Vida. “Ela não faz nada e não deixa ninguém fazer”, diz uma liderança do Centrão. O nome que vem sendo considerado para o lugar de Serrano é o de Gilberto Occhi, que já presidiu a instituição nos governos Dilma e Temer. Occhi tem o apoio de Arthur Lira, embora Ciro Nogueira diga que o PP não vai integrar o governo Lula para “não magoar” Jair Bolsonaro. “Enquanto eu for presidente do Progressita será oposição”, diz.
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